O avô era pescador e, aos 8 anos, o pequeno Augusto já ia pro mar com ele. Nessa época, aprendeu a nadar e chegou a competir pela AABB. “Ganhei a primeira competição que disputei. Cheguei em casa com a medalha de ouro, meu pai ficou muito orgulhoso, mas não tinha condições de me bancar no esporte”, relembra.
Ato heroico – Em 1998, foi contratado como auxiliar de convés para trabalhar na ponte, ajudando nos embarques e desembarques. No seu primeiro dia de trabalho, percebeu que uma senhora estava se afogando na prainha e, sem vacilar, se lançou ao mar para salvá-la. Naquele dia, teve a certeza de que a medalha de ouro que ganhara quando menino não fora em vão. Dessa vez, não tinha o pai para encher de orgulho, mas sim uma legião de associados e colegas de trabalho que testemunharam o seu ato heroico. “Pode perguntar pra Juvêncio!”, exclama orgulhoso.

Haja história – De lá pra cá, nosso herói ajudou muita gente, muitas embarcações. Pra ele não tem tempo ruim. Pode ser o mar grosso que for, que a gente sabe que pode contar com ele. E haja história, de regatas a pescarias, de temporais a mares de almirante.
Apaixonado por navegar, seu sonho é ter uma embarcação própria. Um saveiro pra passear com a filha Daniela, de 35 anos e com as netas Marcele de 15 anos e Mikaele, de 9 meses. Augusto não é só um homem do mar, ele é um mar de coragem e sabedoria.